sábado, 8 de setembro de 2018

Violência o reflexo da “liberdade”!

Hoje a violência cresce desenfreadamente no Brasil e também em muitas partes do planeta, um caos praticamente impossível de conter. E quanto mais cresce, mais pessoas se sentem acuadas, indefesas e completamente reféns de uma ordem mundial condizente com este fenômeno de massa que para muitos é um prato cheio para obter vantagens, fama, fortuna e poder!
O livre arbítrio próprio do ser humano da vasão a uma serie de atitudes e pensamentos nos quais a grande maioria das pessoas principalmente as menos esclarecidas, as desvirtuadas e as direta ou indiretamente influenciadas pelo sistema de manobras não estão preparadas para filtrar e muito menos assumir de uma forma equilibrada, responsável, diligente e condizente com a paz e com a harmonia universal para o bem viver em comum.
Portanto quando se observa, por exemplo, a atuação “descompromissada” dos meios de comunicação que deveriam ter uma atuação importantíssima na educação e na geração de uma cultura construtiva e de caráter formativo, ao invés disso se mantem preocupados com os índices de audiência e de popularidade de sua programação atendendo justamente as expectativas de uma ante cultura na qual se valoriza o que deveria ser fortemente combatido e evitado.
A desconstrução da ordem, da paz e da harmonia social é facilmente compreendida na medida em que se observa o domínio e o controle sobre o povo considerando suas próprias fraquezas, agindo e favorecendo o ego, o caráter duvidoso, a libido, os “direitos” equivocados, atiçando as discórdias, criando os modismos desacerbados, fomentando a libertinagem, a imoralidade, a perversidade e a inversão dos valores. As consequências da tal "liberdade" da qual me refiro.
É exatamente o que se vê na maioria das novelas, na programação dos filmes, em vários programas de auditório, nas “músicas” de baixíssimo nível, envolvendo “composições” da pior espécie, instigando a promiscuidade, as drogas, ao desamor, ao desafeto, a falta de respeito pelas leis, à perda dos bons costumes, o desrespeito aos mais velhos, aos pais, aos professores, vulgarizando a própria dignidade humana, fomentando o ódio, a cólera, a vingança, a degradação social em todos os seus aspectos, maculando a espiritualidade, o destemor a Deus, a idolatria ao corpo e assim por diante. É o que dá ibope e mantem a audiência em alta, é o que dá dinheiro e o que a maioria das pessoas se sentem atraídas e impulsionadas em assistir, escutar e compartilhar com outras pessoas.
As informações com características subliminares de uma mídia tendenciosa e do que tudo dela procede para uma pseudo orientação para quem dela se utiliza ou se norteia demonstra claramente os bastidores de uma politica de persuasão social onde quanto maior o conflito, maior a satisfação para quem vive pela "emoção" alheia.  
E como no Brasil e nos países do terceiro mundo a televisão e o rádio são os principais modelos da educação e da cultura do povo, certamente está se determinando uma forma de conduta na qual se manifesta uma clara predisposição em se comportar e de pensar conforme o que ali se diz, se mostra e se tenta incutir na cabeça destas pessoas.
Uma óbvia manipulação de interesses em instigar uma pseudoliberdade na qual se pode tudo e onde a moral e os bons costumes atrapalham mais do que ajudam a mantê-los no “controle” gerando os conflitos e em consequência disto a decorrente violência urbana.
O Karatê-Dô de O-Sensei’Funakoshi tem sua doutrina de auto aperfeiçoamento construtivo embasada na prática diária e na manutenção dos valores morais que esta mesma prática acentua e cultiva na virtuosa capacidade de olhar o seu semelhante como uma extensão de si mesmo e assim alcançar a harmonia por excelência tão necessária para vivenciar a Paz!
E um dos lemas deste "Caminho" construtivo da Honorável Arte é a “fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão!”, nos ensinando em evitar todo e qualquer forma de conflito, pois qualquer que seja sua inspiração, lá se dará a desunião, a desarmonia e a injustiça, pois onde começa o conflito a primeira vitima é a razão!

Prof. Sylvio Rechenberg