domingo, 24 de junho de 2012

Caminho do guerreiro (O código)

Bushido, significa literalmente, "caminho do guerreiro" - era um código de honra não-escrito e um modo de vida para os samurais (a classe guerreira do Japão feudal ou bushi), que fornecia parâmetros para esse guerreiro viver e morrer com honra.

"Seguir o bushido, é dar ênfase à lealdade, fidelidade, auto sacrifício, justiça, modos refinados, humildade, espírito marcial e honra acima de tudo, morrer com dignidade". 

Bushido é formado e influenciado pelos conceitos do Budismo, Xintoísmo e Confucionismo. A combinação dessas doutrinas e religiões, formaram o código de honra do guerreiro samurai, conhecido como bushido. 

No geral, guerreiro é aquele que busca seu próprio caminho. Muitas pessoas podem estar perfeitamente buscando o caminho sem saber disso. Guerreiro é a pessoa que tem um objetivo, e que por meio deste, passa a ter consciência de seu dom e suas limitações. Através dessa consciência, o guerreiro atinge sua meta, combinada com a vontade de vencer fraquezas, temores e limitações. 

O termo bushi não pode ser designado a qualquer um. A casta guerreira se distingue das demais por sua fidelidade e honra, a palavra do guerreiro vale mais do que tudo. 

A etiqueta deve ser seguida, todos os dias da vida cotidiana, assim como na guerra, pelos samurais. Sinceridade e honestidade são as virtudes que avaliam suas vidas. Transcender um pacto de fidelidade completa e confiança esta ligado à dignidade.

Os samurais também precisavam ter autocontrole, desapego e austeridade para manter sua honra, em função disso, podemos dizer que o samurai é o guerreiro completo e seu código de honra - o bushido - tem forte influência no estilo de vida do povo japonês e oferece uma explicação do caráter e da indomável força interior desse povo.

Código de honra:

CHU:  Dever de Lealdade.
GI:  Justiça e Moralidade, Atitude correta.
YU:  Coragem, Bravura heróica.
JIN:  Compaixão, Benevolência.
REI:  Polidez e Cortesia, Amabilidade.
MAKOTO:  Sinceridade, total Veracidade.
MEIYO: Honra.



 



sexta-feira, 8 de junho de 2012

“ Descaminho ”


O dom de aprender esta na alma!
Ninguém aprende sem que a alma esteja presente!
A Arte não se aprende com a vontade, mas com a necessidade espiritual da busca!
A busca não é do corpo, mas do “ser” interior que existe em cada um de nós!
Este “ser” não é o “ser” materializado pela vaidade, mas o “ser” da liberdade incondicional!
Não existe estimulo, muito menos condição para praticar a Arte!
A essência esta num estado puro de espírito, pronto para vivenciar a lição!
A prática muito mais do que o “resultado” da prática é o segredo da satisfação!
Não existem caminhos diferentes para se chegar a sua compreensão! Somente “UM” leva o praticante ao ápice da busca, este “Caminho” é o trilhado pela sabedoria do passado, onde os conceitos, os valores, as virtudes, são embasados no desenvolvimento espiritual, no amadurecimento, na evolução construtiva do homem, simplesmente porque aqueles que criaram a Arte, não a criaram pela recompensa mundana, ou para brincar de luta, nem para simples esporte, mas pela nobre necessidade da sobrevivência, caracterizada unicamente pelo respeito a vida, e nela, a manifestação exclusiva da alma!
O derradeiro Caminho do Karatê jamais se encontra nos atalhos, mas na longa e firme caminhada, porem  aqueles que enveredam por modismos esportivos atrás de títulos ou premiações de qualquer tipo, tão logo se frustram, desanimam e abandonam a jornada! Outros que por sorte casual se prendem as mesmices, tão logo se findem, ficarão na lembrança temporária, cairão no esquecimento, a empolgação se apaga, a emoção termina e também abandonam a jornada! Durante o curto tempo da mocidade existem os deslumbres da fantasia e o fascínio pela ilusão da conquista lúdica, porem quando as expectativas se revelam e a verdade se fixa no entendimento do intelecto, o tempo perdido no caminho errado nunca mais se recupera, limitada se torna a realidade e o juízo por fim estabelece o real sentido da razão! O Karatê-Dô não é para poucos anos, mas para a vida toda, assim era o desejo de O’Sensei! “


Autor: Prof. Sylvio Rechenberg