quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Um bom ano a todos!

Hoje escutei alguém da televisão falar sobre a atual agressividade nas pessoas, a falta do respeito pelo próximo, à ausência da ponderação e do bom senso, antigos atributos a muito ensinados pelas famílias, pelos professores e tidos como leis fundamentais para o bom convívio e o desenvolvimento social!

Pois bem vejamos, que tipo de conceitos e valores se observa através dos “modernos” programas de televisão, pelas letras das “músicas” tidas como “populares”, pelo apoio da mídia a certas “carnificinas” humanas consideradas “esporte?”, na divulgação cada vez mais comum das barbáries do cotidiano por mera audiência que tais fatos produzem, a liberdade na utilização das mensagens subliminares em todos e quaisquer meios de propaganda e informação, a total falta de responsabilidade em apresentar ao grande público tudo o que em verdade este mesmo grande público se sente atraído e entusiasmado em assistir e se espelhar, mesmo sem uma cultura predisposta a filtrar o certo do errado, considerando ainda que a partir de determinados tópicos tais como sexo e violência obtém-se  uma grande fatia do mercado interessado, pronto e sob controle,   e pior, mesmo com a difícil e quase impossível tarefa dos pais com relação aos filhos e dos professores com relação aos alunos frutos deste sistema totalmente deficitário e decadente e onde  a mídia como direta formadora de opiniões e modismos de toda ordem e nas mais variadas formas de comunicação, se exime completamente em colaborar na devida condução da dignidade, na construção da civilidade, na ordem, na moralidade e na devida admissibilidade da vergonha na cara!

Prof. Sylvio Rechenberg        

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Que o Natal seja "Dele"!

Que a reflexão ocupe tua mente durante alguns minutos e que o Santo Espírito possa em ti enaltecer as verdadeiras virtudes do “Ser” em tua vida!

Feliz Natal

Prof. Sylvio Rechenberg

domingo, 20 de dezembro de 2015

A "competência"!

O sistema do fundador do Karatê-Dô, Gichin Funakoshi'O-Sensei, esta baseado em "cinco" (Dan). Os cinco níveis estão distribuídos por toda uma vida de prática. 

O renomado Professor, Tsutomu Ohshima’Sensei, (discípulo direto de O’Sensei), revela que Funakoshi’O-Sensei elaborou o sistema com base nos cinco níveis de consciência de um indivíduo conforme a evolução no Zen Budismo e Xintoísmo. É interessante observar como o sistema de classificação de O’Sensei  Funakoshi está claramente relacionado com as religiões (filosofias) orientais.: 

Shodan (1º Dan) indica que a pessoa adquiriu uma forte base nas técnicas básicas e nos sentidos físicos (consciência corporal). Nas religiões orientais é mencionada a aprendizagem no controle dos sentidos - visão, tato, audição e paladar. 

Nidan (2º Dan), deve-se alcançar uma compreensão das combinações e como aplicá-las estrategicamente. Nas religiões orientais, o segundo nível representa o controle da inteligência e da estratégia aplicando-as à vida. 

Sandan (3º Dan), requer que a pessoa alcance uma mente forte e calma, consciente no relaxamento dos “ombros”. O objetivo do terceiro nível nas religiões orientais é controlar e dominar uma mente calma e meditativa. 

Yondan (4º Dan), enfatiza a unidade da mente com o corpo relacionado com as técnicas. Enfocam-se as obras humanitárias nesta classificação. O quarto nível nas religiões orientais enfatizam a conexão mente-corpo e concentra-se na compaixão. 

Godan (5º Dan), destaca a impecável execução na técnica e no caráter moral. Trata-se de canalizar a consciência espiritual através de um caráter pessoal disciplinado. A espiritualidade e a unidade com Deus também são os mais importantes objetivos nas religiões orientais. O nível mais alto é a absoluta prevenção de uma confrontação, em essência, harmonizar a situação!

Texto resumido, extraído da revista Black Belt Magazine, Abril 1988.

domingo, 13 de dezembro de 2015

No livro “Ryükyü Kempo Karate” publicado em 1922:

“ Em apêndice, analisei os cuidados que um karateka deve tomar ao praticar a arte. Para dar ao leitor uma rápida ideia de como me sentia com relação ao karatê na época, reproduzo aqui a breve introdução que escrevi para esse meu primeiro livro ”:

“ Na profundeza das sombras da cultura humana ocultam-se sementes de destruição, exatamente do mesmo modo como a chuva e o trovão seguem na esteira do tempo bom. A história é o relato da ascensão e queda das nações. A mudança é a ordem do céu e da terra; a espada e a caneta são tão inseparáveis quanto as duas rodas de uma carruagem. Assim, um homem deve abraçar os dois campos se quer ser considerado um homem de realizações. Se ele for demasiadamente complacente, acreditando que o tempo bom durará para sempre, um dia será pego desprevenido por terríveis tempestades e enchentes. Assim, é importantíssimo que nos preparemos a cada dia para qualquer emergência inesperada. “

“ Lembrar os tempos de aflição nos tempos de paz e treinar constantemente o corpo e a mente são as duas atitudes que formam o espírito orientador e o caráter do povo japonês ”.

Gichin Funakoshi’O-Sensei

domingo, 6 de dezembro de 2015

O rigor da prática! ( texto extraído do artigo -O inicio do “Caminho”-,do livro de O-Sensei, “O meu modo de vida” )

" Noite após noite, frequentemente no pátio da casa do Sensei Azato, sob a observação do mestre, eu praticava um kata (“exercício formal”), repetidas vezes, semana após semana, ás vezes mês após mês, até tê-lo dominado completamente para satisfação do meu professor. Essa repetição constante de um único kata era estafante, muitas vezes exasperante e ocasionalmente humilhante. Mais de uma vez tive de lamber o pó no assoalho do dojô ou no pátio de Azato. Mas a prática era rígida, e nunca era autorizado a passar a outro kata sem que Azato estivesse convencido de que eu tinha compreendido bem o que estivera exercitando. Embora consideravelmente avançado em anos, ele sempre se sentava ereto como uma vareta, na sacada, quando trabalhávamos ao ar livre, vestindo um hakama, com um lampião de luz fraca a seu lado. Seguidas vezes, por puro cansaço, eu simplesmente não conseguia sequer apagar a chama. Depois de executar um kata, esperava seu julgamento verbal. Este era sempre sóbrio. Se continuasse insatisfeito com minha técnica, murmurava, “Faça de novo”, ou, “Um pouco mais!” Um pouco mais, um pouco mais, tantas vezes um pouco mais, até que o suor escorria e eu estava pronto para desabar: era seu jeito de me dizer que ainda havia algo a ser aprendido, a ser dominado. Por vezes, quando considerava meu progresso satisfatório, seu veredicto era expresso com uma única palavra, “Bom!” Essa única palavra era seu maior elogio. Até que não a ouvisse pronunciada várias vezes, porém, jamais me atrevia a pedir-lhe que me ensinasse um novo kata. Mas após o término de nossas sessões práticas, em geral nas primeiras horas da madrugada, ele se tornava um tipo diferente de professor. Então teorizava sobre a essência do Karatê ou, como um pai bondoso, me interrogava sobre minha vida de professor. Pouco antes do amanhecer, pegava minha lanterna e voltava para casa, consciente, à medida que minha caminhada terminava, dos olhares desconfiados dos vizinhos. Não posso de maneira alguma deixar de mencionar um bom amigo de Azato, um homem que também teve sua origem numa família shizoku de Okinawa e também considerado tão hábil na arte do Karatê quanto o próprio Azato. Às vezes, eu praticava sob a tutela dos dois mestres, Azato e Ytosu, ao mesmo tempo. Nessas ocasiões ouvia com a maior atenção as discussões entre ambos, e assim aprendi muito sobre a arte tanto em seus aspectos espirituais como físicos. Não fosse por esses dois grandes mestres, eu seria uma pessoa bem diferente hoje em dia. Considero ser quase impossível expressar minha gratidão a eles por me orientarem ao longo do “Caminho” que me proporcionou minha principal fonte de gratificação durante oito décadas de minha vida."

Gichin Funakoshi’O-Sensei

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015