domingo, 30 de agosto de 2015

“Escolas” - "escolhas"

Na vida muitas e muitas vezes estamos entre o ideal e o real.
De um lado o ideal, de acordo com a educação primordial individual proveniente do clã da família com os conceitos de valores, deveres, obrigações morais, bem como a formação conforme nosso contato com professores(as) e de pessoas que nos orientaram construtivamente para enfrentarmos o mundo,  influenciando diretamente nossa conduta, juntamente com o que fantasiamos em função do ego pessoal.

Do outro lado, os fatos como realmente acontecem e se encontram presentes no dia a dia, oriundos do nosso contato com o mundo externo somado as experiências que vivenciamos ao longo do tempo, o choque das diferenças culturais, a inversão dos valores, os modismos, as armadilhas dos deslumbres, as decepções dos relacionamentos, as tentações e facilitações, a profunda influencia da mídia oportunista, a desvalorização e a ausência das leis, a omissão dos responsáveis, a corrupção do sistema, a "cultura" das aparências.

Enquanto vivenciamos os verdes anos do glamour, dos encantos e das euforias casuais somos levados a acreditar que certas coisas de nada irão transformar os anseios imediatistas que visionamos serem os corretos. Além disso, convivemos num mundo onde aceitar o errado, o contraditório equivocado, se calar diante da imoralidade, da degradação da decência e dos bons costumes, ignorar os mais velhos, menosprezar e desconsiderar princípios é absolutamente comum e considerado “moderno” e até “inovador” nos dias atuais.

Aprender Karatê-Dô de O'Sensei implica em aceitar o grande desafio de superar as amarras do ego, de contrariar o fascínio pela disputa com o outro e renunciar as próprias vontades para então absorver, enraizar e compreender a doutrina. A cultura, a filosofia, bem como a ideologia só se aprende  quando o espirito, a mente e o corpo estiverem dispostos ao “vazio” que a Honorável Arte determina e comporta!

Prof. Sylvio Rechenberg