quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Clara evidência!

Se você quer apenas aprender a se defender além de querer aprender em pouco tempo algumas técnicas de luta e ter uma sensação de estar preparado (a) para uma eventual “briga de rua”, então não existe razão e nem o perfil para se matricular e frequentar uma academia tradicional de Karatê-Dô! Bem como também não há razão em aprender alguma forma de “Kata” ou qualquer uma das etiquetas, nomenclaturas, padrões de bases, posturas, das exaustivas e desgastantes repetições, da rigorosa disciplina, da cobrança de conduta, do envolvimento e do comprometimento pessoal e nem mesmo sobre a história que está intrínseca no estudo e na prática do Karatê-Dô japonês!

Aconselho você então a procurar um cursinho de defesa pessoal ou aulas do popular “vale-tudo”, ou alguma atividade semelhante à luta de rua.

Também não pense que só porque você pratica “karatê" que você automaticamente é um “karateka” tradicional, pois as tradições originais da Honorável Arte de O-Sensei’Funakoshi foram drasticamente alteradas, comprometidas com a inovação do esporte e muitas das quais foram simplesmente abandonadas. Outras, no entanto foram adaptadas para servirem a prática competitiva, algumas viraram meras formalidades casuais, lamentavelmente atendendo as exigências do “jogo” e se adequando as circunstâncias do modismo e de uma aceitação popular motivada pela disputa, tal prática transformou-se assim numa típica atividade esportiva, meramente lúdica, e enquadrada às regras do comitê olímpico internacional. Ledo engano!!

Por outro lado, ainda que raros, existem os que na sua profunda e autentica cumplicidade e ilibada responsabilidade mantem acesa a chama do Karatê-Dô verdadeiro, que incansáveis, lutam pela sua necessária e fundamental sobrevivência!

Prof. Sylvio Rechenberg


O-Sensei (Yoko Empi Uchi)