terça-feira, 26 de abril de 2016

Vigília de Shoto ( 26-04-2016 )

Estamos no quinquagésimo nono ano do desaparecimento de Gichin Funakoshi’O-Sensei desta terra, ele dedicou quase oito décadas da vida a sua Honorável Arte acreditando na capacidade de transformar pessoas rompendo as barreiras do ego. Refletir sobre seu legado reporta ao fato de manter-se fiel ao “Caminho” verdadeiro e agir de acordo com os princípios que o regem conforme era o desejo de O’Sensei!

Prof. Sylvio Rechenberg

domingo, 10 de abril de 2016

A "vulgarização"!

Muita gente mal informada confunde a pratica do Karatê-Dô vulgarmente com luta, enquanto que luta se resume a um conflito pessoal onde à ideia neste caso é resolvê-lo com mera violência, exatamente o que Gichin Funakoshi’O-Sensei  não queria que acontecesse. Sua Honorável Arte jamais se pode comparar a um tipo de marginalização popular. Ao contrário do que se rotula o “Caminho das Mãos Vazias” o “Karatê-Dô” expressa à libertação de qualquer tipo de amarra pessoal, principalmente no que tange ao conflito entre pessoas, estuda para transpor a barreira do ego, se “esforça” não para sobrepujar ao semelhante, mas para com ele vivenciar a harmonia, aperfeiçoar as virtudes e fortalecer a Paz dignificando seus princípios continuamente!

Prof. Sylvio Rechenberg 

sábado, 2 de abril de 2016

"Estudar Karatê-Dô não é satisfazer a vaidade!"

Conceito formador:

Tudo é vaidade quando o ego se manifesta! Logo, o que esperar quando o que voga é a  ” fachada de estima”, a “vitrine” bem mais do que o “produto”? Infelizmente esta é a realidade, a banalização e a inversão dos valores nestes tempos ditos “modernos”! E na Honorável Arte não é diferente, percebe-se claramente quando o interesse pela “estudo” é pelo ganho de faixas, pelos elogios, por “estímulos e recompensas”. Levando a uma prática equivocada e de ocasião. Então lamentavelmente muitos quando chegam à faixa preta não querem mais se submeter aos treinos exaustivos, repetitivos, penosos e que exigem capacitação e “vivenciamento” real daquilo que supostamente aprenderam e deveriam saber e praticar. Incomodam-se com correções, com chamadas de atenção e com as observações mais básicas. Visivelmente relutantes com a disciplina e com a hierarquia; e o que é pior, com a humildade. E isso está relacionado diretamente com o a formação do caráter de cada um. Porem muitos recebem suas “classificações” para incentivo, por puro comercio ou por uma politicagem de conveniência. Pouquíssimos permanecem fiéis, devotados na busca correta e atuantes nos princípios fundamentais da Honorável Arte. Raríssimos são aqueles que se submetem “à lição” e seguem à risca os ensinamentos a eles atribuídos e confiados. Mas o que se vê por aí é uma completa distorção de méritos, onde se utilizam recursos para agradar e satisfazer a vaidade. Enquanto que a verdadeira prática, embasada e sustentada por princípios fundamentados e determinados pelo próprio fundador do Karatê-Dô, são completamente ignorados e esquecidos. Onde nos tempos antigos era isso que pesava contra, ou pesava a favor na formação, era de “ilibado valor”; onde a moral e os bons costumes atuavam relevantes no dia a dia das pessoas, atitudes medidas por valores dos quais a faculdade do bom caráter ditava os méritos e a lei! Tais moldes constituíram as Artes Marciais no antigo Oriente e junto a elas suas normas de conduta, a hierarquia, a humildade e a rigorosa disciplina como fontes de sabedoria e na incessante busca em apaziguar o espírito e alcançar a “quietude” interior, tão necessária no passado distante como nos dias atuais. Portanto ao se deparar com esse vastíssimo conhecimento que fundamenta a construção de um karateka nos seus três aspectos de formação, compreende-se claramente que estudar o Karatê-Dô de O’Sensei Funakoshi não é de modo algum satisfazer a vaidade fantasiando algum “poder” sobre os demais!


Prof. Sylvio Rechenberg