sábado, 12 de março de 2016

"Estudar Karatê-Dô não é colecionar títulos passageiros!"

Conceito formador:

Quem já não se sentiu envaidecido com elogios por ter desempenhado alguma tarefa ou função, mas a questão é do sentimento vir à tona quando em detrimento contra outra pessoa numa disputa. Não se trata aqui de uma tola contenda acordada por ambos, mas o fato de sentir-se superior ao seu semelhante, enaltecendo a contenda, orgulhando-se deste feito, e motivar-se a lutar por causa disso. Pois não é isso que ensina o Karatê-Dô de O-Sensei’Funakoshi! Por se tratar de um sentimento ensoberbado, nocivo na formação do caráter do praticante e prejudicial para a correta evolução espiritual que a Honorável Arte requer. Sentir-se feliz, realizado e satisfeito com a derrota de alguém numa luta, alimentando a soberba, tendo a sensação de vantagem sobre o outro, nada tem a ver com o “Caminho”, nada tem a ver com o propósito da prática, nada tem a ver com o poder e a real finalidade do Karatê-Dô, logo, não pode ser considerado parte do processo no desenvolvimento de um(a) karateka! Gichin Funakoshi’O-Sensei se preocupava tanto com isso, que PROIBIU terminantemente esse tipo de prática já em 1940. Portanto só o fato da existência de tal proibição já é mais do que o suficiente para compreender que a Honorável Arte do Karatê-Dô não é e jamais será para colecionar títulos passageiros como recompensas ao ego!

Prof. Sylvio Rechenberg