Muitos esportistas praticam as suas modalidades
preferidas durante a vida toda, são disciplinados, e se dedicam de corpo e alma
naquilo que mais amam.
Para alguns deles, também é uma forma de viver com saúde e
bem-estar.
Muitos que praticam o “karatê” para competirem entre si,
são extremamente dedicados e muito conscientes e sérios naquilo que fazem.
São atletas como em qualquer modalidade olímpica, dedicam
seus esforços ao máximo, gastam tempo e energia, ultrapassam seus limites, e
por vezes mais tarde, alguns também pagam um preço muito alto com a saúde, para em
troca, obterem o resultado pretendido e ganhar a todo custo.
São inspirados por um sonho de um sucesso passageiro, um
momento de glória, a fantasia da vitória e o prazer de “jogar” com um único
objetivo, ganhar a tal competição!
Infelizmente uma cultura que faz as pessoas acreditarem que
competir é uma forma saudável de viver, sempre considerando o outro como um desafiante
para ser vencido, superado ou até mesmo “derrotado”, não me parece um “caminho”
que leve para um sentir-se bem consigo mesmo, e que contribua para uma correta evolução
espiritual, para a qual inevitavelmente todos nós “caminhamos” de uma forma ou
de outra.
Acredito sinceramente que ser feliz de verdade não depende
de se sobrepor aos outros!
Obter vantagens, mensurar qualidades, condições ou
capacidades, exibir aparências ou esbanjar conhecimentos, não tem e nem nunca
terá o poder sublime de um silêncio interior que inspire a um estado de paz
inabalável e assim ao auto aperfeiçoamento construtivo naquilo que verdadeiramente
importa para se viver!
Prof.Sylvio Rechenberg