No ocidente as Artes Marciais
simbolizam uma prática de confronto que vai ao encontro a uma cultura
imediatista baseada num perfil “esportivo” de disputa onde existe um perdedor e
assim um vencedor, bem como uma platéia inflamada pela instigante demonstração
de violência.
Em função disso, o que se vê hoje
nas vielas das cidades são entusiastas aloprados querendo aprender a milagrosa
formula da invencibilidade que garanta seus exibicionismos extravagantes de
ocasião onde o que conta é a satisfação inversa da virtude!
Tais demências do ego são
alimentadas pela mídia e pelos inúmeros pseudo instrutores cujo intuito do
sucesso é garantir tais comportamentos.
Felizmente em muitos casos cedo
ou tarde a maturidade da alma sobrepõe a ilusão, então, quando sem mais nem
menos se passa a ouvir a voz do verdadeiro caminho da razão e a dar atenção a indivisível e
inviolável universalidade do espírito sobre a matéria, caem as barreiras do ego
decadente, fortalecem-se as virtudes e extirpam-se as falácias!
Eis aí, quando nasce um Karateka!
Prof. Sylvio Rechenberg