Conceito Formador:
Quem já não se sentiu envaidecido
com elogios por ter desempenhado alguma tarefa ou função, mas a questão é do
sentimento vir à tona quando em detrimento contra outra pessoa numa disputa.
Não se trata aqui de uma tola contenda acordada por ambos, mas o fato de
sentir-se superior ao seu semelhante, enaltecendo a contenda, orgulhando-se
deste feito, e motivar-se a lutar por causa disso. Pois não é isso que ensina o
Karatê-Dō de O-Sensei’Funakoshi! Por se tratar de um sentimento ensoberbado,
nocivo na formação do caráter do praticante e prejudicial para a correta
evolução espiritual que a Honorável Arte requer. Sentir-se feliz, realizado e
satisfeito com a derrota de alguém numa luta, alimentando a soberba, tendo a
sensação de vantagem sobre o outro, nada tem a ver com o “Caminho”, nada tem a
ver com o propósito da prática, nada tem a ver com o poder e a real finalidade
do Karatê-Dō, logo, não pode ser considerado parte do processo no
desenvolvimento de um(a) karateka! Gichin Funakoshi’O-Sensei se preocupava tanto
com isso, que PROIBIU terminantemente esse tipo de prática já em 1940. Portanto
só o fato da existência de tal proibição já é mais do que o suficiente para
compreender que a Honorável Arte do Karatê-Dō não é e jamais será para
colecionar títulos passageiros como recompensas ao ego!