Tudo é
vaidade quando o ego se manifesta! Logo, o que esperar
quando o que voga é a ” fachada de
estima”, a “vitrine” bem mais do que o “produto”? Infelizmente esta é a
realidade, a banalização e a inversão dos valores nestes tempos ditos “modernos”!
E na Honorável Arte não é diferente, percebe-se claramente quando o interesse
pela “estudo” é pelo ganho de faixas, pelos elogios, por “estímulos e
recompensas”. Levando a uma prática equivocada e de ocasião. Então lamentavelmente
muitos quando chegam à faixa preta não querem mais se submeter aos treinos
exaustivos, repetitivos, penosos e que exigem capacitação e “vivenciamento”
real daquilo que supostamente aprenderam e deveriam saber e praticar.
Incomodam-se com correções, com chamadas de atenção e com as observações mais
básicas. Visivelmente relutantes com a disciplina e com a hierarquia; e o que é
pior, com a humildade. E isso está relacionado diretamente com o a formação do caráter
de cada um. Porem muitos recebem suas “classificações” para incentivo, por puro
comercio ou por uma politicagem de conveniência. Pouquíssimos permanecem fiéis,
devotados na busca correta e atuantes nos princípios fundamentais da Honorável Arte.
Raríssimos são aqueles que se submetem “à lição” e seguem à risca os
ensinamentos a eles atribuídos e confiados. Mas o que se vê por aí é uma completa
distorção de méritos, onde se utilizam recursos para agradar e satisfazer a
vaidade. Enquanto que a verdadeira prática, embasada e sustentada por
princípios fundamentados e determinados pelo próprio fundador do Karatê-Dô, são
completamente ignorados e esquecidos. Onde nos tempos antigos era isso que pesava
contra, ou pesava a favor na formação, era de “ilibado valor”; onde a moral e
os bons costumes atuavam relevantes no dia a dia das pessoas, atitudes medidas
por valores dos quais a faculdade do bom caráter ditava os méritos e a lei!
Tais moldes constituíram as Artes Marciais no antigo Oriente e junto a elas
suas normas de conduta, a hierarquia, a humildade e a rigorosa disciplina como
fontes de sabedoria e na incessante busca em apaziguar o espírito e alcançar a “quietude”
interior, tão necessária no passado distante como nos dias atuais. Portanto ao
se deparar com esse vastíssimo conhecimento que fundamenta a construção de um
karateka nos seus três aspectos de formação, compreende-se claramente que
estudar o Karatê-Dô de O’Sensei Funakoshi não é de modo algum satisfazer a
vaidade fantasiando algum “poder” sobre os demais!
sábado, 2 de abril de 2016
"Estudar Karatê-Dô não é satisfazer a vaidade!"
Conceito formador:
Prof. Sylvio Rechenberg