O aspecto fundamental mais
importante no que tange o sentido da auto-formação, da consciência espírito
corporal e transcedentalidade, exatamente fatores que O’Sensei Gichin Funakoshi
se preocupou tanto em expor como prioridades básicas para a correta transmissão,
ficaram de lado para a maioria das subsequentes gerações principalmente logo
após e a partir da sua morte em 1957.
O’Sensei Gichin Funakoshi PROIBIU seus alunos de executarem o
Jiyu Kumite (combate livre) em 1940, pois percebia já naquela época a real intenção que estava
por se seguir do desejo de competição para muitos de seus alunos. Em 1941
ratificou esta proibição, até mesmo para dizer a seus alunos que se eles
participassem de campeonatos seriam expulsos do Dojo. Funakoshi’O-Sensei entendia que “a competição”, induz a um
espírito de violência, contrário à essência do Budo e portanto prejudicial na
formação correta do individuo!
Então em 1956 quando O’Sensei terminou
o prefácio da segunda edição do seu mais famoso livro, “Karatê-Dô Kyohan”, entristecido,
escreveu sobre "o quase irreconhecível estado espiritual a que chegou o
mundo do karatê", e fez um apelo para quem possa "compreender os seus
anseios profundos (...) de forma a completar os objetivos do
trabalho", ou seja, a correta
formação integral do “Ser” pelo “Caminho” do Karatê verdadeiro. Assim, neste
mesmo ano, Isao Obata’Sensei, Genshin Hironishi’Sensei, Hiroshi Noguchi’Sensei,
Shigeru Egami’Sensei, e outros homens de
confiança de O’Sensei Gichin Funakoshi, advindos da "linha
tradicional", abandonam a Japan Karatê Association - JKA, apoiados pelo
próprio fundador, formalizando assim a Nihon Karatê-Dô Shotokai.
http://www.cao.nossacultura.org/crono/hist_bio_ka_funakoshi.htm
Obviamente que o que interessa na prática para uma cultura ocidentalizada e contaminada pelo capitalismo formal e a crescente febre pela competição e o aferimento compulsivo entre os indivíduos é a imediata recompensa nos diversos sentidos e seus benefícios afins, considerados como inspiração.
http://www.cao.nossacultura.org/crono/hist_bio_ka_funakoshi.htm
Obviamente que o que interessa na prática para uma cultura ocidentalizada e contaminada pelo capitalismo formal e a crescente febre pela competição e o aferimento compulsivo entre os indivíduos é a imediata recompensa nos diversos sentidos e seus benefícios afins, considerados como inspiração.
Outra característica interessante
é constatar que mesmo sabendo estarem contra as reais recomendações, orientações
e os pensamentos de O’Sensei Gichin Funakoshi com relação a pratica do
Karatê-Dô, agem como fieis seguidores praticantes, mas assumidos como atletas
competitivos.
Infeliz realidade dos nossos dias!
De nada adianta orientar ao
Dojo-kun e fazer reverencia ao seu fundador, se seus princípios e suas
recomendações e determinações feitas ainda em vida já não são mais seguidas e
muito menos atendidas, principalmente com relação a “competição” e suas óbvias
e nocivas consequências inevitavelmente apreciadas na pratica, justamente atitudes
contrarias na devida formação integral da Arte original de O’Sensei
Funakoshi!
Prof. Sylvio Rechenberg