quinta-feira, 28 de março de 2024

“Gedan-Barai” - (Que mensagem nos passa?)

Gedan-Barai “representa” a “primeira intenção” de um Karateka!

RETRATA ponderação, humildade, paciência, força, atenção, resiliência, desprendimento, equilíbrio, coragem e integridade. 

- Ponderação por evitar agressão.

- Humildade por não acometer.

- Paciência por aguardar uma ação.

- Força por dominar a emoção.  

- Atenção por perceber a intenção.

- Resiliência por um estar consciente.

- Desprendimento por não ser impulsivo.

- Equilíbrio por se manter centrado.

- Coragem por manifestar atitude.

- Integridade por agir com justiça.       

Prof.Sylvio Rechenberg 

                                     
                       O-Sensei'Funakoshi com Gedan-Barai em 1926

segunda-feira, 18 de março de 2024

“Lados” do “caminho”:

No mundo sempre existiram e sempre existirão conflitos, guerras e desentendimentos entre nações que por sua vez são governadas por homens!

É impossível ignorar que a natureza humana, por mais que se faça refletir, carrega em seu DNA a possibilidade do “mau”!

Desde o momento em que nascemos e ao longo da vida, somos influenciados direta e indiretamente pelos meios externos, onde somos expostos, dentro dos quais nos desenvolveremos formando o nosso caráter e a nossa “visão de mundo”!

Ao “respirarmos” inspiramos a “energia” que nos circunda, que nos envolve completamente, independentemente de onde estivermos, sempre estamos à mercê de toda ordem de conflitos!

Todavia, somos dotados de um livre arbítrio, que nos permite aceitar ou recusar, seguir ou deixar passar, conter-se ou desregrar-se, destruir ou construir...

Então ao praticar Karatê-Dō é preciso considerar de que lado quero estar, do lado das minhas virtudes ou do lado das minhas “fraquezas”!

Prof.Sylvio Rechenberg  

sexta-feira, 8 de março de 2024

O Karatê-Dō de minha mulher (p/ Gichin Funakoshi’O-Sensei)

Relato resumido:

...Por exemplo, até noite adentro, ela se afadigava no trabalho de tecer um pano local chamado kasuri, pelo qual receberia seis centavos por peça. 

Com o nascer do sol, já estava de pé. Caminhava então, quase dois quilômetros até chegar a uma pequena área de terra onde cultivava as verduras para a casa. ...

...Eu tinha a curiosidade de saber quando ela encontrava tempo para dormir, mas não me lembro uma única vez de ouvir uma queixa sequer de sua parte. 

E também jamais sugeriu que eu devesse passar meu tempo de modo mais proveitoso do que o de praticar Karatê em cada momento livre que tinha. Bem pelo contrário, encorajava-me a continuar, e ela mesma passou a interessar-se, muitas vezes observando minhas sessões de prática. 

quando se sentia muito cansada, diferentemente da maioria das outras mulheres, não se deitava e pedia que um dos filhos massageasse seus ombros e braços.

Oh, não, não minha mulher! O que fazia para aliviar seu corpo exausto era sair e praticar Kata’s, e no devido tempo ela se tornou tão hábil que seus movimentos se assemelhavam aos de um praticante experiente.

...Apenas vendo-me praticar, e ocasionalmente exercitando-se sozinha, ela havia chegado a uma compreensão plena da arte.

...A maioria de nossos vizinhos era constituída de pequenos comerciantes ou de puxadores de jinriquixá.... 

De qualquer modo, nossos vizinhos muitas vezes ficavam briguentos depois de beber. Nessas ocasiões, geralmente era minha mulher que intercedia e promovia a paz. Ela quase sempre chegava a um resultado favorável mesmo depois que a briga havia degenerado em agressão física - tarefa que não era fácil nem para um homem forte.

 E claro que ela não usava violência em seu papel de mediadora; contava totalmente com seus poderes de persuasão. Assim, minha mulher, admirada em casa por sua diligência e economia, era conhecida na vizinhança como uma karateka e mediadora habilidosa.

Obs.: O texto na íntegra se encontra na página 35 do livro (Karatê-Dō o meu modo de vida) de O-Sensei’Gichin Funakoshi.