A “Forma” é Kata!

É o legado que as antigas gerações nos confiaram!

Kata é muito mais do que um exercício formal de defesas e ataques pré-determinados contra adversários imaginários.

Levou-se muito tempo para criá-los, foram longos anos de estudo, a partir de experiências reais em situações de conflito, houveram mortes, mutilações e todo tipo de perigos contra a vida das pessoas.

Experiências extremas com as quais se tinha que lidar no dia a dia e onde não haviam escolhas, era tudo ou nada, vida ou morte, presentes dia e noite durante muito tempo na história dessas antigas gerações.

Então, a cada vez que você juntar os teus pés em sinal de respeito e gratidão, antes e após a prática de um Kata, lembre-se, você está conectado ao que um dia, a muito tempo atrás, foi inspirado na luta pela sobrevivência entre o bem e o mal, e onde se aprendeu, pela dor e o sofrimento, lições que perpetuam no mundo desde os primórdios da humanidade, e assim através de uma prática  consciente e constante nos fará refletir sobre a Paz e os conflitos que todos nós de uma forma ou de outra também carregamos dentro de nós o tempo todo e em qualquer lugar!

Prof.Sylvio Rechenberg 

O "tempo perdido"! (Reflita)

“ Pode-se treinar por muito, muito tempo, se porém, apenas mexer as mãos e os pés, e saltar para cima e para baixo como uma marionete, você nunca chegará à essência; você fracassará em captar a quintessência do Karatê-Dō! ”

Gichin Funakoshi’O-Sensei

SABATINAR-SE!

Durante a formação e na vida:

 

ATENÇÃO: Além de todas as demais questões técnicas envolvidas na prática num Dōjo de Karatê-Dō, descrevo aqui algumas outras que são fundamentais e extremamente necessárias para a correta formação de um praticante sério da Honorável Arte de O-Sensei’Funakoshi:

- Presença nas aulas. (Só faltar por extrema necessidade!) (Justificar!) (Não adianta saber sem vivenciar, só se aprende praticando e perseverando!)

- Valorizar o Dōjo! (Valorizar tudo o que se aprende no Dōjo, valorizar o tempo que se utiliza para praticar dentro e fora do Dōjo, valorizar as antigas gerações de Karatekas e cultivar o legado incorruptível, que é vitalício!)

- Conscientizar-se do valor do Karatê-Dō de O-Sensei’Funakoshi para a sua vida presente e para a sua vida no futuro!

- Esforçar-se muito, fazer o seu melhor! (No aquecimento, nos alongamentos, no Kihon, no Kata e nos exercícios de Kumite) (Não basta somente participar, é preciso se envolver por inteiro!)

- Interessar-se por cada técnica praticada, cada detalhe é importante! (Lembrar das orientações, atentar nas correções e se auto corrigir constantemente!)

- Demonstrar consideração e respeito com sinceridade e lealdade incondicional pelo Karatê-Dō, pelo Dōjo, pelos demais praticantes! (Iniciativa na limpeza do Dōjo, educação na forma de falar dentro e fora do Dōjo, respeitar a hierarquia dentro e fora do Dōjo, disciplinar-se nas atitudes dentro e fora do Dōjo, todo lugar é um Dōjo!)

- Ser humilde, praticar a humildade, agradecer com sinceridade! (Sempre se pode melhorar, não existe perfeição, a vitória é passageira, o que é hoje não é amanhã mas as pegadas são as mesmas, competir alimenta a vaidade, é incompatível na formação de um Karateka, é violação de conduta, portanto inaceitável em todo e qualquer aspecto de um praticante!)

- Dedicação incondicional! (Cumprir a lição de casa diariamente, fazer anotações, leituras, pesquisas, o Karatê-Dō de O-Sensei’Funakoshi é uma pratica de resiliência durante a vida toda!

- Controlar o ego decadente! (Não competir nem dentro e nem fora do Dōjo, não subjugar, não comparar, não se prevalecer, não se corromper, não se exibir, não se gabar, não zombar, não subestimar, não questionar, não mentir, não bravejar, não brigar!)

- O Caráter! (Ou você tem um caráter virtuoso ou um duvidoso, não se pode alcançar a paz alimentando o conflito!)

- Praticar Karatê-Dō para tornar-se menos negligente, menos imprudente, menos ansioso, menos vaidoso, menos arrogante, menos ambicioso, menos egoísta, menos invejoso, menos apegado, menos agressivo, menos.......

- Superar-se a si mesmo e lutar com o “invisível” que habita em nós!

Estas são algumas das inúmeras complexidades vivenciais que temos a obrigação moral de trabalhar em nós enquanto Karatekas!!!

Prof.Sylvio Rechenberg