quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Quando “lutar” vale a pena!

Karatê- NÃO se aprende sem se chamuscar, muito pelo contrário, só se aprende de verdade quando “queima”, agindo por fora e principalmente por dentro, é quando o corpo, a mente e o espírito se envolvem em conjunto com o processo de uma transformação!

O aço só é possível forjar depois de muito martelar, mas para isso é preciso esquentá-lo até derreter, dissolver, mudar o jeito de ser, para então acontecer uma mudança real!

Por isso, uma faixa não faz um karateka, mas é o karateka que faz a “sua faixa”!

Então nunca se esqueça disso: enquanto você não mudar os teus hábitos, dentro e fora do Dōjo,  todo o teu esforço foi e será inútil; e você com uma “faixa” na cintura nada mais é do que aquilo que sempre foi e sempre continuará sendo!

Prof.Sylvio Rechenberg 

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A vida é como um Tsuki!

Quando estamos próximo ao núcleo, (família, amigos), estamos em território conhecido, nos sentimos confortáveis e seguros, somos nós mesmos na essência!

Ao nos afastarmos desse núcleo, (família, amigos), continuamos conectados a ele, e aplicamos o que aprendemos a partir desse núcleo, onde nos foi ensinado para agirmos de forma correta, digna e justa, em harmonia com o mundo que nos cerca, continuando a sermos nós mesmos em essência!

Na expectativa de uma ação, o punho em questão, firmemente em conexão com o nosso núcleo (Hara), é mantido consciente da sua condição e, portanto, exercendo confiança, ponderação e contenção, gerando uma agradável sensação de segurança, equilíbrio e outocontrole.  

Mas, ao perder essa condição corretamente trabalhada, devidamente observada e consciente da sua função e poder, ao se afastar do seu núcleo (Hara), de forma indevida, equivocada e conforme o ego, tudo pode se transformar num pesadelo sem fim, gerando dor, sofrimento, angustia e de irremediáveis consequências!

A vida é como um Tsuki! 

Prof.Sylvio Rechenberg   

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

A “energia vital”!

Profundamente conhecido e amplamente utilizado na medicina chinesa, o (Tantien em chinês, Hara em japonês e Swadhisthana para os indianos), se localiza três centímetros abaixo do umbigo e é onde tudo acontece!

É onde está a (energia vital) que proporciona o equilíbrio e a harmonia, mantendo um perfeito estado de plenitude a todas as funções na manutenção da vida que habita em nós!

A (energia vital) em nosso corpo que precisamos cultivar para o nosso próprio bem-estar, saúde, autoconfiança e na capacidade de superação das nossas limitações.

Uma dádiva divina, emprestada a nós manifestando a vida!   

Ao posicionarmos o nó da faixa nesse ponto, simboliza a nossa consciência, a nossa ligação mental em conexão com esse ponto.

No Karatê-Dō todos os movimentos, em todas as ações devem ter relação e conexão direta com esse ponto!

E para que isso aconteça é preciso relaxar os ombros, libertando as tenções que atrapalham a nossa ligação com esse ponto abaixo do umbigo, (Tantien em chinês, Hara em japonês e Swadhisthana para os indianos).

Os ombros estando relaxados, devemos estabelecer uma leve contração na região do abdômen, no baixo ventre, fazendo com que possamos sentir essa conexão com o nosso centro.

E o mais espetacular nisso tudo é que não importa o momento da vida em que estivermos vivendo, essa “força” (energia vital) está sempre presente, chamada de (Ki) em japonês, (Chi) em chinês e (Prāna) para os indianos, onde nas antigas escrituras indianas, consta como a (energia vital universal) que permeia o cosmo, absorvida por todos os seres vivos através do ar que respiramos.

Então, quando apertamos o nó na faixa que "sustentamos" junto com todas as responsabilidades que ela nos impõem no “caminho” do Karatê-Dō e o colocamos diante do (centro da nossa energia vital), tudo deve acontecer gerado a partir desse centro, que assim como o “caminho”, nunca muda, mas que pode mudar a maneira que enxergamos o "caminho"!

Prof.Sylvio Rechenberg

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A “lição”!

“No passado, esperava-se que fossem necessários cerca de três anos para aprender um único Kata, e geralmente até mesmo um especialista com habilidade considerável conheceria apenas três, ou no máximo cinco Kata’s.”

Gichin Funakoshi’O-Sensei


Estas palavras ilustram perfeitamente de que forma devemos praticar o Karatê-Dō!

E para isso, reflita nestas 10 questões:

- Quantas vezes você repetiu o mesmo Kata até "pensar" que o “decorou”?

- E depois que você "pensou" que o “decorou”, quantas vezes você repetiu o mesmo Kata até “compreender” o sentido de cada movimento?

- E depois que você "pensou" que “compreendeu” o sentido, quantas vezes você repetiu o mesmo Kata até “acreditar” que o “incorporou” de forma reflexa, intuitiva, dinâmica e sem margem a dúvidas?

- E depois que você “acreditou” que “incorporou” corretamente o teu Kata, quantas vezes você o repetiu até sentir que “dominou” cada técnica em combinação com as demais, considerando o uso correto do teu quadril em conformidade com os membros, a correta contração e a descontração, bem como a utilização correta das tuas armas do corpo para uma efetiva aplicação de contato?

- E depois que você “acreditou” que “dominou” o teu Kata adequadamente, quantas vezes você o repetiu até sentir que cada técnica é “eficiente o bastante para garantir a tua sobrevivência" num confronto real”?

- E depois que você “acreditou” que o teu Kata é “eficiente para um confronto real”, quantas vezes você praticou estas técnicas e suas combinações até a exaustão no seu exercício diário?

- E quantas vezes você já teve que usar estas técnicas para “defender a tua vida”, comprovando assim a eficiência daquilo que você pretende utilizar num "confronto real"?

- E se ainda não precisou “defender a tua vida” verdadeiramente utilizando estas técnicas, você “garante” que conseguirá fazê-lo utilizando as técnicas que compõem o Kata que você está "estudando"?

- E se por acaso você ainda não “garante” o sucesso na aplicação efetiva destas técnicas que você "pensa ter aprendido” no Kata como você pode afirmar que já “sabe” o teu Kata?

- E se ainda não “sabe” este Kata, porque não o pratica com afinco e a "seriedade necessária" para "torná-lo poderoso" e assim, capaz de defender o que para você é o que existe de mais precioso, a tua vida, antes de “pensar em aprender" um novo Kata?

Prof.Sylvio Rechenberg

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

A "competência"! (Publicado em 2015 neste blog).

O sistema do fundador do Karatê-Dō, Gichin Funakoshi'O-Sensei, está baseado em "cinco" (Dan). Os cinco níveis estão distribuídos por toda uma vida de prática.

O renomado Professor, Tsutomu Ohshima’Sensei, (discípulo direto de O’Sensei), revela que Funakoshi’O-Sensei elaborou o sistema com base nos cinco níveis de consciência de um indivíduo conforme a evolução no Zen Budismo e Xintoísmo. É interessante observar como o sistema de classificação de O’Sensei  Funakoshi está claramente relacionado com as religiões (filosofias) orientais.:

SHODAN (1º Dan) indica que a pessoa adquiriu uma forte base nas técnicas básicas e nos sentidos físicos (consciência corporal). Nas religiões orientais é mencionada a aprendizagem no controle dos sentidos - visão, tato, audição e paladar.

NIDAN (2º Dan), deve-se alcançar uma compreensão das combinações e como aplicá-las estrategicamente. Nas religiões orientais, o segundo nível representa o controle da inteligência e da estratégia aplicando-as à vida.

SANDAN (3º Dan), requer que a pessoa alcance uma mente forte e calma, consciente no relaxamento dos “ombros”. O objetivo do terceiro nível nas religiões orientais é controlar e dominar uma mente calma e meditativa.

YONDAN (4º Dan), enfatiza a unidade da mente com o corpo relacionado com as técnicas. Enfocam-se as obras humanitárias nesta classificação. O quarto nível nas religiões orientais enfatizam a conexão mente-corpo e concentra-se na compaixão.

GODAN (5º Dan), destaca a impecável execução na técnica e no caráter moral. Trata-se de canalizar a consciência espiritual através de um caráter pessoal disciplinado. A espiritualidade e a unidade com Deus também são os mais importantes objetivos nas religiões orientais. O nível mais alto é a absoluta prevenção de uma confrontação, em essência, harmonizar a situação!

Texto resumido, extraído da revista Black Belt Magazine, Abril 1988.

O-Sensei'Gichin Funakoshi

terça-feira, 8 de outubro de 2024

“4 minutos” que podem mudar a tua vida!

A “Sabedoria do Silêncio” é uma orientação que todo(a) praticante de Karatê-Dō deve seguir!

É um vídeo de quatro minutos, o número 4 é associado à ordem, ao trabalho e à responsabilidade. Ele questiona sobre o cuidado com a saúde, a alimentação, as obrigações familiares e profissionais, além da organização do cotidiano. Este número reflete a busca pela estabilidade e segurança.

Assista até o fim, se puder!

sábado, 28 de setembro de 2024

Experimente:

Para saber o grau de “interesse” de alguém pelo estudo da prática no Karatê-Dō, basta observar seu Kata!

Prof.Sylvio Rechenberg