domingo, 8 de dezembro de 2024

As "armas" do corpo!

A necessidade de se defenderem das frequentes situações de conflitos, num território hostil, obrigou aquele povo, da conhecida ilha de Okinawa a desenvolverem uma alternativa que possibilitasse a necessária sobrevivência, dando origem ao “Tê”, “Okinawa-Tê”.

A palavra, “mão” que em japonês é “Tê” foi o primeiro nome que recebeu ao que hoje chamamos de “Karatê-Dō”!

Karatê-Dō, “caminho da mão vazia”, o nome se reporta ao aspecto “mão” que por sua vez está relacionado com a maneira de “agir”, pois tudo tende a acontecer quando o “fazer” entra em ação. E é só com o “fazer acontecer” que alguma coisa pode mudar, tanto para o bem quanto para o mau! E a “mão” é a representação de um “agir” na vida de cada um de nós!

As palavras, “mão vazia” podem ser compreendidas como sendo uma forma de dizer que não envolve o uso de armas, mas, se considerarmos a palavra que se antepõem a essas duas, que é o “caminho”, logo determinamos um “modo de vida”, um jeito de “ser” uma forma de “agir” e de se comportar com a prática da Honorável Arte, o Karatê-Dō!

Nome oficialmente estabelecido em 1935 pelo próprio fundador O-Sensei’Gichin Funakshi!

Já o uso das pernas, era na época, bem menos empregado, uma vez que na defesa-pessoal em vias de fato, um chute dado de forma errada, desiquilibrada, desajeitada, sem a velocidade adequada, ineficaz, pode gerar um descuido irreparável, pondo em risco a própria vida, certamente pelas limitações das pernas em comparação aos braços e mãos numa luta real.

O Mae-Geri, (chute frontal), com as suas devidas variações, por ser mais natural e de menor gasto de energia na sua execução, foi o mais praticado naquele tempo.

Foi o filho de O-Sensei’Funakoshi, Yoshitaka Funakoshi, também conhecido como Gigo’Funakoshi ou Waka’Sensei, que entre outros atributos, foi o responsável pelo desenvolvimento e a criação do Mawashi-Geri, Yoko-Geri e Ushiro-Geri.

No vídeo podemos ver Masaaki Ueki’Sensei demonstrando a maneira correta de executar cada um desse chutes e variações:   

Prof.Sylvio Rechenberg